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sábado, 7 de janeiro de 2012

Desgraçadamente Solitário Nas Sombras, A Aflição Das Infindas Corpóreas Solidões...



Desgraçado solitário: isto sou eu, isto sempre fui e isto sempre serei. Desgraçado solitário, sou, fui, serei na imortalidade deste agonizante restolho que é o meu humano peregrinar. Na fugacidade de tudo que me cerca nas ruínas que toldam minha marcha rumo a necrópole eterna...

Desgraçado solitário! Nenhum Espírito agradável, apenas demônios que sempre me atrapalharam, desgraçados, miseráveis. Guias De Luz miseráveis, desgraçados. Arcanjos miseráveis, desgraçados. Anjos miseráveis, desgraçados. Mentor Espiritual, se é que eu tenho algum Mentor...

 Sem Deus, desgraçado e solitário. Se é que Deus estava a ouvir-me quando a ele clamei. Não me importo mais. Tudo aqui através de mim, através do Espírito que sou, através do Espírito solitário que eu sou tornando a minha Deusa a Solidão que aqui nas sombras, me campeando, me doutrinando, me fazendo ciente de que cada dor tem um baldrame e eu já não mais aguento...

Não há em todos os momentos nossos uma verdadeira completa satisfação que abranja todos os poros de nossas peles.

Confessem criatura que não há mesmo uma centelha que faça com que os nossos corpos parem de clamar sempre por vários fogos. Tudo vem a nos espicaçar a buscar densamente mui realizadoras de todas as múltiplas solidões corrompedoras de nossa paz...


 
Uma guerra, pelo corpo todo, insana guerra que apenas faz aumentar a minha solidão presa das minhas internas feras...

Tu não sabes aprender com tua solidão, solitária... Tu não sabes aprender com tua solidão, solitário...

O desejo de meter uma morte até nobre pode ser, mas A Solidão, A Deusa Solidão, realmente me deixaria, solitário? O desejo de morrer coroa-me solitário cavaleiro de um mundo não-grego que perdeu o apolíneo, que perdeu o dionisíaco... Está tudo vazio... Está tudo Bem vazio... Tudo esvaziou-se... Tudo vazio, solitário... Caminhos vazios... Sou vazio...


 
E no corpo sou preenchido pelas completas infinitas solidões mais amargas e serenamente eternas...

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