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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Caminhar... em silêncio...




Atmosphere (tradução)

Atmosphere
Walk in silence
Don't walk away, in silence
See the danger
Always danger
Endless talking
Life rebuilding
Don't walk away

Walk in silence
Don't turn away, in silence
Your confusion
My illusion
Worn like a mask of self-hate
Confronts and then dies
Don't walk away

People like you find it easy
Naked to see
Walking on air
Hunting by the rivers
Through the streets
Every corner abandoned too soon
Set down with due care
Don't walk away in silence
Don't walk away

Atmosfera
Andar em silêncio
Não vá embora em silêncio
Veja o perigo
Sempre o perigo
Conversa infinita
Reconstrução da vida
Não vá embora

Andar em silêncio
Não dê as costas em silêncio
Sua confusão
Minha ilusão
Destruindo-se como uma máscara de ódio-próprio
Confronta e, então, morre
Não vá embora

Pessoas como você acham fácil
Despidas para ver
Andando no ar
Caçando pelos rios
Através das ruas
Em cada esquina tão cedo abandonada
Colocadas com o devido cuidado
Não vá embora em silêncio
Não vá embora

By Joy Division
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Mergulho hoje em meu silêncio. Amargo espinho na carne. Gritas na minha surdez. Abafa-te suas palavras amargas. Corriges tua postura. Não sabes o que é injustiça. Nem entendes o que é amargura...
Comparei-te a um anjo. Uma delicada flor. A mais linda rosa de um perfeito jardim. A mais bela fruta da macieira que enfeitas como arvore natalina. Mas hoje te dou meu silêncio para sua reflexão. Ou um adeus que machuca o coração...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Sensualidade e o Erotismo nos Cemitérios


Um ensaio de lindas curvas sensuais frente à tristeza desoladora pode encantar de forma marcante ao percorrer os corredores de cemitérios dos vários cantos do mundo. Estas obras de arte são palco de lágrimas de adeus e nos mostram uma morte temida e ao mesmo tempo envolvente. É a entrega da vida à morte, numa doce rendição.



A estranheza provocada pelo grande número de esculturas eróticas nos cemitérios sempre intrigou os estudiosos do tema, pois nada parece mais distante do prazer que a morte. O que foge à compreensão do observador distraído é que os espaços cemiteriais não foram criados unicamente para os mortos, mas também para os que ali enterraram os despojos daqueles a quem amavam, e estes devem ser considerados com muito maior meticulosidade.


A morte é algo inevitável, e o único antídoto contra a angústia provocada pela sua inexorabilidade é a vida. Concentrar-se em viver intensamente provoca alivio diante da dor provocada pela ciência de que se vai morrer um dia. O erotismo surge aqui como uma válvula de escape, uma fuga da morte, através da perpetuação da vida.
Cemitérios de todo o mundo são palco de uma variedade artística tão intensa, apesar do lado fúnebre, que nos fazem enxergar a morte com olhos mais atentos ao detalhe, temerosos e apaixonados. Em meio a essa atmosfera de dúvidas e incertezas, rodeada de flores cheirando a despedida, somos rodeados por esculturas feitas em granito, mármore e bronze, e muitas delas são dotadas de uma sensualidade intrigante. Cenas de nudez são dispostas de forma singular, denotando uma gama de sensações e sentimentos profundos.



Mulheres nuas são cobertas por finos tecidos, sob os quais se deixam notar curvas de sensualidade aflorada, seios e pernas bem delineados, uma certa pureza perante a morte. Um cenário de escancarado flerte entre a vida e a morte, onde a nudez representa um estado de entrega perante o desconhecido, lugar onde não se admitem mantos e máscaras. E no lugar que faz jus à expressão “do pó vieste e ao pó retornarás”, a ausência de roupas é mais do que explicada.
 

Rendição é a palavra. Nas faces distribuídas pelo cemitério, nos comovemos pelas expressões de tristeza, depressão, abnegação, súplica, indignação, lamento e angústia. Um estado de inércia e prostração frente à impossibilidade de alterarmos o fato de que nunca conseguiremos vencer a morte.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fome de Viver - A "nova ordem" vampírica


Fome de Viver (1983)
The Hunger - 1983 – UK

Elenco: Ann Magnuson, Bauhaus, Bessie Love, Beth Ehlers, Catherine Deneuve, Cliff De Young, Dan Hedaya, David Bowie, Douglas Lambert, Edward Wiley, George Camiller, Howard Blake, James Aubrey, Jane Leeves, John Pankow, John Stephen Hill, Lise Hilboldt, Michael Howe, Oke Wambu, Philip Sayer, Richard Robles, Rufus Collins, Shane Rimmer, Sophie Ward, Susan Sarandon, Suzanne Bertish, Willem Dafoe

Direção: Tony Scott

Roteiro: Ivan Davis, James Costigan, Michael Thomas, Whitley Strieber

Produção: Richard Shepherd

Estréia no Brasil: 14/05/1983




Sinopse:

"The Hunger", o título original, tem muito mais a ver com o filme em si do que o título traduzido. Não que ele tenha sido mal escolhido, mas "Fome de Viver" dá mais aberturas às interpretações metafóricas e subjetivas. Aliás, ele não está errado nesse propósito. O filme, apesar do terror, tem idéias decentes para uma discussão. Mas "The Hunter" resume melhor a idéia da produção em relação à sua história.
Tudo acontece em Manhattan, Nova York. Mirian Baylock (Catherine Deneuve) é uma bela mulher que vive com seu parceiro John Baylock (David Bowie) em uma luxuosa mansão decorada com peças de arte raríssimas. Acontece que John começa a envelhecer de forma brusca e rápida, sendo logo tomado pelo desespero e pela irritação diante da indiferença de Mirian, que parece já prever aquilo tudo. Ele, então, procura a Dra. Sarah Roberts (Susan Sarandon), uma cientista especializada na busca pelo antídoto do envelhecimento, tido para ela como uma "doença" que pode ser curada. Para decepção de John, Dra. Roberts não acredita na sua história absurda e o ignora. Ao perceber que ele não estava louco, Sarah tenta remediar o julgamento errôneo, mas John, que já tinha perdido tempo demais, vai embora. Insistente, Sarah vai até a casa dos Baylocks, mas não encontra John. Misteriosamente, ele havia sumido. Ela, então, conhece sua esposa, Mirian. A partir daí, uma relação estranha entre as duas começa e Sarah logo se vê envolvida em uma trama que jamais imaginaria encontrar.




O longa-metragem não se ocupa em contar uma história de começo, meio e fim. Ele mais me pareceu um recorte de uma história. Vemos, sim, o começo, o meio e o fim de um filme, mas ficamos longe de compreender de verdade a história daquelas criaturas. Muito já aconteceu, muito do que acontece não nos é explicado e muito ainda virá a acontecer.
A única coisa que é presente em todos os momentos do filme é o mistério. Nada é esclarecido de forma completa. Os diálogos são mínimos e precisos. Isso talvez seja o ponto destaque do projeto, além de sua produção específica, com maquiagem e figurino típicos do estilo adotado.
O diretor Tony Scott – que antes seria Alan Parker ("Mississipi em Chamas" e "A Vida de David Gale") – conseguiu um cult-gótico memorável. Ao contrário de muitos filmes de terror, "Fome de Viver" passa longe de ser explícito. O tom vampiresco vem das sutilezas e não do óbvio. Não vemos caninos, veias abertas ou violências bizarras. Vemos juras de "para sempre e sempre", flashes atemporais, o ar clássico típicos dos grandes vampiros e, óbvio, o sangue, abordado muito mais poeticamente do que como tinta para encher os olhos do telespectador com horror.
Outro filme que não usou a imagem padrão de vampiro, e que exigiria muito mais tais recursos, foi o filme "Drácula", de 1979, com o ator Frank Langella. Todavia, apesar da ausência de caninos, o longa tem todas as situações que deságuam em um desfecho de amor, crime, sedução e morte.
Temos, então, em "Fome de Viver" uma quebra com o óbvio, temos uma adaptação, ou, talvez, uma evolução. Vampiros sem caninos, sem cruzes, sombrios, porém destemidos do sol. Se, por um lado, Scott fugiu das linhas comuns, outro traço foi exagerado, mas ainda cheio de significado. Estamos falando do estigma da beleza.
Catherine Deneuve exala elegância. Linda. Certamente, a vampira mais atraente que já passou pelas telas do cinema. Ícone da beleza. David Bowie já pode levantar controvérsias, mas ninguém pode dizer que ele não esbanja estilo e ousadia, além de elegância. E, por sinal, acho que ele é estranhamente sedutor. Esse ar de beleza envolvente e assassino só lembra um personagem do escritor inglês Oscar Wilde: o belo e ambicioso Dorian Gray. O rapaz que temia envelhecer e fez um pacto para manter sua beleza eterna com a condição de nunca olhar o quadro que envelheceria em seu lugar. John lembra o desespero de Dorian. Afinal, qual o preço a se pagar por querer ser dono do tempo e viver várias vidas? A vontade de driblar o tempo é um dos grandes anseios do homem.
O filme apresenta seqüências caóticas. Um sutil paralelo entre a vida humana e a vida animal é traçada. Dois tipos de vidas tão diferentes e tão iguais. Ambas ligadas pela "doença" do envelhecimento. Muitas idéias e sensações são passadas não pelo diálogo, mas pela seqüência de imagens.
A trilha sonora é bastante adequada. Apelando tanto para o rock gótico – como a banda Bauhaus que canta "Bela Lugosi is Dead", uma apologia à morte do grande ator que personificou Drácula no cinema – como apela para a música clássica, típica da tranqüilidade fria dos vampiros. Ora tensa e agressiva, ora clean e calma, a música serve para dar o tom intencional nas seqüências exatas. Ela assume o papel de musa, fazendo referência à história da arte aqui. E já que estamos falando em significados, os óculos escuros, tão usados no figurino do casal Baylock, me lembraram da simbologia das máscaras, reforçando a força do desconhecido.




Agora, uma seqüência não pode ser ignorada: a cena de amor entre Mirian e Sarah. Sarandon e Deneuve deixando os mais tradicionais de cabelo em pé. Há quem diga que a cena foi desnecessária, outros ficaram abismados… Dentro do filme, ela tem sua serventia e sua explicação. Talvez devesse apenas ser diminuída, mas não deixa de ser um espetáculo para quem vê.
Enfim, cada um que tire suas próprias interpretações. "Fome de Viver" traz questionamentos, terror, mistério. E, no final, eis a grande dúvida sobre a maldição ou privilégio dos personagens, ao som da sonata para violino e piano de Franz Shubert, lembrando, apesar do terror e do gótico, o ar de poesia e beleza que foram pano de fundo de todo o filme.

Trailer:



Download do Filme:

http://www.megaupload.com/?d=J0JDYSA4

sábado, 3 de dezembro de 2011

Romeo e Julieta no Mundo Cyberpunk




Tudo bem que essa é a história de amor mais famosa de todos os tempos, ainda assim, não dá nem para contar quantas adaptações “Romeu e Julieta” sofreu desde que William Shakespeare escreveu o drama romântico no século XVI. Uma das mais recentes e simpáticas, a animação “Gnomeu e Julieta” – que transformou os apaixonados em enfeites de jardim –, acaba de ganhar companhia no quesito criatividade e pelas mãos de Stan Lee.



A 1821 Comics - editora lançada pela produtora hollywoodiana 1821 no ano passado - anunciou seu primeiro projeto da parceria com o magnânimo Stan Lee. E que também tem assinatura de outro escritor ainda mais magnânimo: William Shakespeare. É Romeo and Juliet: The War - adaptação futurista da clássica peça do bardo.



"Dois grupos de soldados super-humanos que transformaram o Império de Verona no território mais poderosos da Terra. Os MONTÉQUIOS, poderosos ciborgues criados com DNA artificial, e os CAPULETOS, humanos geneticamente modificados para ganhar velocidade e agilidade, cooperaram para destruir todas ameaças à cidade. Sem ter mais com quem lutar, os Montéquios e os Capuletos encontraram novos inimigos: um ao outro", diz a descrição da HQ. Daí em diante tem amor proibido entre as famílias e tudo mais que você já conhece. Confira as imagens de divulgação na galeria.
Stan Lee, à moda Stan Lee, diz que é a melhor HQ em que já trabalhou: "É a graphic novel que sempre sonhei em fazer. Pegue uma das grandes histórias desse mundo, conhecida e amada em todo o planeta, coloque-a sobre o pano de fundo de um era futurista, mais violenta, mais tragédia-da-ciência - embeleze-a com as ilustrações mais poderososas e deslumbrantes já vistas e produza-a no formato mais de encher os olhos que existe. Romeo e Julieta: A Guerra! É o grande acontecimento da era da graphic novel."

É bom dizer que Lee tem crédito apenas como "criador" junto a Terry Douglas - de um trabalho cujo roteiro é de Max Work, os desenhos de Skan Srisuwan e a ideia original, do século XVI.
O lançamento está previsto para o fim do ano nos EUA.

Veja aqui o trailer:



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

" O céu da noite, escuro e frio mais parece a minha depressão, as estrelas vão surgindo como recordações, pequenos pontos de conforto em meio minha alma na mais triste solidão "




Iou  (tradução)


Sem recusas e sem desculpas
Eu não lhe devo nada
Eu lhe devo...
... um toque ardente... um demias...
Eu lhe devo...
... uma mágoa que seca... novamente...
Eu lhe devo...
... alguns anos desperdiçados... perdidos em medos...
Eu lhe devo...
... incertezas... eventualmente...
Eu lhe devo...
... nenhum espaço para respirar... mas sem sair...
Eu lhe devo...
... tudo o que tenho para dar... mas sempre perdi...

By Wolfsheim

Download:

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O que foi feito da ilusão? Da doçura das palavras? O que foi feito do meu coração? Meus olhos continuam ternos, mas minhas mãos já não afagas. Minha boca terminou no inferno. Tuas lembranças são vagas...
Bate a tristeza, lentamente. Corroendo a minha alma. Não sou nada por aqui. Nada sou nada, sou apenas partículas do solitário vento que velozmente sopra para o meu fim da linha. Não tem data, nem validade. Apenas a vontade de chegar ao final da minha linha do tempo...

Deixe-me apenas viver ou mata-me de uma vez, pois ao te perder aos poucos reconstituem em mim as temíveis partículas da solidão.